Marcos Pontes reclama de verba liberada pelo governo para ministério: 'Bem menos do que eu imaginava'


Ministério da Economia anunciou liberação de R$ 80 milhões para Ciência e Tecnologia. Titular da pasta fez uma comparação com Fórmula 1: 'Quando você vai correr e tira o motor'. Marcos Pontes esteve no Sirius nesta quinta-feira Fernando Evans/G1 O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, se queixou, na tarde desta sexta-feira (20), da verba liberada pelo governo para a pasta. A declaração foi dada em uma reunião de equipes de ciência, tecnologia, inovação do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, países do chamado Brics, para debater acordos, investimentos na área e apresentar um plano de trabalho de cooperação científico-tecnológica, em Paulínia (SP). Na tarde desta sexta, o Ministério da Economia anunciou a liberação de R$ 8,3 bilhões para gastos dos ministérios neste ano. A medida consta no relatório de receitas e despesas do orçamento de 2019, relativo ao quarto bimestre. Para a Ciência e Tecnologia, o governo federal destinou R$ 80 milhões. Antes de saber do anúncio, Marcos Pontes disse que havia pedido à Casa Civil o desbloqueio de "até R$ 1 bilhão" ainda para este ano. Após ser informado, o ministro se mostrou decepcionado e afirmou que a liberação de verba é "bem menos do que eles esperava". Pontes ainda disse que agora pretende fazer uma "análise de corte" para ver quais pesquisas e projetos da pasta precisarão ser cortados do Ministério de Ciência e Tecnologia. "Vou conversar com o governo, com a Economia, e ver o que eles acham menos importante para o país. É basicamente quando você tem um carro de Fórmula 1 e você corta o motor", afirmou o ministro. De acordo com Pontes, a liberação dos recursos do fundo da Petrobras - aproximadamente R$ 250 milhões para o ministério - deve servir como fôlego para não descontinuar alguns projetos importantes para a pesquisa do país, como o Sirius, maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no Brasil, que fica em Campinas (SP) e tem previsão de término para 2020. "Espero que isso venha também, conforme foi feito acordo no congresso, como um crédito limite extra para o CNPQ, para que seja cumprido o acordo com o congresso, para que a gente possa superar isso. Lembrando que a gente pode ajudar em todas as áreas, desde que a gente tenha combustível", disse Pontes. Veja mais notícias da região no G1 Campinas

Fonte: Globo.com
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