Pesquisadores da UFSCar criam substância que pode ajudar a tratar câncer sem efeito colateral


Segundo os cientistas, a principal vantagem é que o composto destrói o tumor sem matar as células saudáveis. Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Wilson Aiello/EPTV Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) criaram uma substância que pode ajudar no tratamento contra o câncer sem efeitos colaterais. Os pesquisadores criaram um composto em pó que reúne nanopartículas de tungstato de prata. Pesquisadores da UFSCar criam substância que pode ajudar no tratamento do câncer Durante os testes in vitro, eles injetaram a substância em células com câncer de bexiga, extraídas de camundongos, e ficaram impressionados com os resultados. “Depois de 24h, vimos que esse material tem uma alta capacidade de matar as células tumorais. Já tínhamos testado em fungos e bactérias e nós vimos que ele também tem essa capacidade de matar células de câncer de bexiga. Isso é inédito”, disse a pesquisadora Thaiane Robeldo. Vantagens Composto criado pelos pesquisadores da UFSCar em São Carlos Wilson Aiello/EPTV Os testes no laboratório duraram um ano. Segundo os cientistas, a principal vantagem é que o composto destrói o tumor sem matar as células saudáveis. Por causa disso, a nova técnica pode evitar efeitos colaterais provocados pela quimioterapia tradicional. Para chegar ao resultado, primeiro a equipe do Departamento de Química da UFSCar irradiou elétrons no composto com a prata. Em parceria com cientistas da Espanha e da República Tcheca, os pesquisadores também aplicaram um tipo de laser e, com os dois métodos, foi possível obter a reação desejada. Testes Pesquisadores vão começar testes em animais vivos a partir de 2020 Wilson Aiello/EPTV Segundo o professor do Departamento de Química Elson Longo, os elétrons reagem com o oxigênio e isso produz o efeito bactericida, fungicida e também a capacidade matar os tumores. A pesquisa foi publicada na revista “Scientific Reports”, da Nature. Em 2020, os cientistas vão começar a fazer testes em animais vivos como peixes e camundongos e, dependendo dos resultados, aplicar em humanos. “É uma esperança para a gente ter um medicamento que seja seletivo e que não apresente tantos efeitos colaterais como os medicamentos que estão hoje no mercado”, disse o pesquisador Marcelo Assis. Veja mais notícias da região no G1 São Carlos e Araraquara.

Fonte: Globo.com
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