Por que quem tem doença cardiovascular está entre os mais vulneráveis ao coronavírus? Saiba quais são os riscos


Sistema imunológico debilitado, produção excessiva de secreções e inflamação do miocárdio estão entre os motivos. Ao G1, especialistas explicam os cuidados que esses pacientes devem tomar. Detalhe do sistema cardiovascular Reprodução/RBS TV Pessoas com doenças cardiovasculares ou cardíacas estão entre os grupos mais vulneráveis a complicações da Covid-19, causada pelo novo coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que pacientes com doenças do coração ou nos vasos sanguíneos podem desenvolver mais complicações do que quem está saudável. Coronavírus: veja perguntas e respostas Veja quais grupos são mais vulneráveis ao coronavírus e por quê Guia ilustrado: o que se sabe do coronavírus O que é #FATO ou #FAKE sobre o coronavírus De acordo com a médica Ludhmila Abrahão Hajjar, diretora de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), e com o o médico infectologista Renato Grinbaum, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), uma série de fatores contribui para que esse grupo seja mais afetado que a população em geral. Veja, abaixo, alguns deles: o paciente com doenças cardiovasculares tem o sistema imunológico debilitado, o que compromete a defesa do organismo frente à infecção devido à fraqueza desses pacientes, o organismo produz mais secreção na garganta, o que pode espalhar a infecção até o pulmão com mais facilidade o vírus Sars-Cov-2 pode afetar o músculo cardíaco desse pacientes, que já têm o coração sobrecarregado, e causar miocardite (inflamação do miocárdio) Veja os cuidados específicos que esses pacientes devem tomar: controlar as doenças cardiovasculares, que podem ser insuficiência cardíaca, doença coronária, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), entre outras, com acompanhamento médico e os remédios indicados estar com as vacinas em dia procurar ajuda médica imediatamente após o aparecimento dos primeiros sintomas de Covid-19 Entenda os riscos A médica cardiologista Ludhmila Abrahão Hajjar, da SBC, ressalta que pessoas com doenças cardiovasculares estão entre os principais grupos de risco, se levados em conta dados preliminares sobre o novo coronavírus coletados na China. "O paciente com a cardiopatia tem um fator de risco. Existe uma gravidade maior, e a mortalidade pode chegar a 10,5% nesses pacientes, enquanto a média geral é de 3,5%", afirma a médica. "No Brasil pode ser diferente", complementa ela, citando que não existem dados consolidados sobre os efeitos da Covid-19 no país. De acordo com a médica, pacientes com cardiopatias têm um organismo debilitado para o combate de doenças, o que vale também para outros vírus respiratórios, como a gripe. "Quando se tem um infecção séria, o organismo tenta defender. Isso depende muito de estarem intactos os sistemas do corpo. Frente à Covid-19, a pessoa entra em um quadro inflamatório e a defesa frente à infecção está comprometida", explica Ludhmila. Para o infectologista Renato Grinbaum, da SBI, outra ameaça tem relação com a maneira como reage o sistema imunológico desses pacientes. "Muito pela fraqueza que esses pacientes têm, eles produzem muita secreção, elas se acumulam na faringe [garganta] e podem ser aspiradas para o pulmão", explica o infectologista. Com a infecção atingindo o pulmão, a Covid-19 pode ter consequências mais graves. Cuidados a serem tomados Para Grinbaum, é importante que os pacientes com cardiopatias mantenham a doença controlada e as vacinas em dia, seguindo as recomendações da OMS. As mais importantes, neste momento, são a da gripe e a da pneumonia, mesmo que não protejam contra a Covid-19. "Essas vacinas [contra gripe e pneumonia] diminuem a possibilidade de infecções e complicações pulmonares", explica o infectologista. Mesmo se houver acompanhamento médico das cardiopatias, evitar hospitais também é indicado. "Na dúvida, ele [o paciente] pode consultar o médico por telefone. A recomendação geral é ficar em casa, se o paciente está bem", aconselha a cardiologista Ludhmila Abrahão Hajjar. De acordo com os médicos, as outras recomendações são as mesmas destinadas ao restante da população: lavar bem as mãos, afastar-se de pessoas com suspeita de infecção e tentar não levar uma vida sedentária – além de não fumar. Por que idosos estão entre os grupos mais vulneráveis ao coronavírus? Por que diabéticos estão entre grupos mais vulneráveis ao coronavírus? Por que hipertensos estão entre os grupos mais vulneráveis ao novo coronavírus? Por que pessoas que têm doenças renais crônicas estão no grupo de mais vulneráveis ao coronavírus? Dicas de prevenção contra o coronavírus Arte/G1 Como lavar as mãos do jeito certo com água e sabão Initial plugin text

Fonte: Globo.com
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